quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Cordel Rio Potengi



São Gonçalo do Amarante,
Uma terra abençoada,
Deus foi muito generoso,
Parece conto de fada,
Pois aqui, a natureza,
Nunca deixou faltar nada.

Mata Atlântica, manguezal,
O solo é uma beleza,
E o Rio Potengi!
Trazendo toda riqueza,
Fazendo que São Gonçalo,
Seja sempre realeza.

Um pouco de sua história,
Relato com precisão,
Só na base de pesquisa,
Busco orientação,
Pra falar só a verdade,
Emoção e na razão.

É nossa maior riqueza,
No aspecto natural,
Na nossa hidrografia,
Tem atenção especial,
E na desembocadura,
Está o Porto de Natal.

É claro que todos sabem,
Da sublime relevância,
Por isso que esse Cordel,
Exalta a relevância,
Do rio para a cidade,
Ele sim! É esperança.

Quando os colonizadores,
Começaram a usar,
O rio como caminho,
Para poder explorar,
Chamaram-no de Rio Grande,
Importante do lugar.

Observe que o rio,
Divide a capital,
Zona Norte, Zona Sul,
Da Cidade do Natal,
Ponte Velha, Ponte Nova,
Beleza não tem igual.

Nosso Rio Potengi,
Vou começar pelo lugar,
Lá aonde ele nasce,
Trate logo de anotar,
É na Serra de Santana,
Vem vindo de lá pra cá.

Banha sete municípios,
Durante o seu trajeto,
Traz vida e esperança,
Irradia quem tá perto,
Trazendo fertilidade,
Evitando o deserto.

Cerro Corá, São Tomé,
São Paulo do Potengi,
Ilemo Marinho Macaíba,
Depois passa por aqui,
E depois chega a Natal,
Nosso Rio Potengi.

São cento e oitenta e seis
Quilômetros de extensão,
Levando vida a todos,
Favorece a plantação,
A colheita é certeza,
Em toda a região.

São vários os afluentes,
Que ajudam a formar,
Nosso Rio Potengi,
Vamos então anotar,
Jundiaí é o primeiro,
Devemos salientar.

O Rio Camaragibe,
Tem o Rio Guajirú,
Também o Rio da Prata,
E o Córrego dos Guajirus,
Completa os afluentes,
Não faltando mais nenhum.

Mas olhando se percebe,
Não só o que é beleza,
Pois o homem vai agindo,
Transforma a natureza,
O rio pede socorro,
Está pobre o que é riqueza.

Não está tudo perdido,
Basta só educação,
Muita força de vontade,
De quem ta na direção,
Investindo na escola,
 Resultado é ação.

Agora chamo atenção,
Para a mata ciliar,
Aquelas da beira do rio,
Que servem pra evitar,
Erosão e outras coisas,
Que possam prejudicar.

O mangue pobre coitado,
Está perdendo o lugar,
Viveiros de camarão,
Não param de aumentar,
Também poluem as águas,
Sem freios a devastar.

As fábricas e as indústrias,
Causando poluição,
Os esgotos inatura,
Provocam degradação,
Os esgotos domésticos,
Pioram a situação.

Há pouco tempo atrás,
Não podemos esquecer,
A grande mortandade,
Muitos peixes a morrer,
Por causa dos poluentes,
Como então sobreviver?

Foi o maior desastre,
Ecológico do Estado,
Do Rio Grande do Norte,
É algo incontestado,
Ribeirinhos pagam o preço,
Todo mundo inconformado.

Arraias, peixes, siri,
Moréias e camarão,
Contavam de toneladas,
Tristeza, devastação,
Quem irá pagar a conta
Pra tanta destruição?

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Nossa escola tem um Brincante do Boi Calemba Pintadinho


Pois é, a Escola Municipal Dom Joaquim de Almeida, tem o privilégio de ter em seus quadros funcionais vários artistas populares, dentre eles Seu Eliezer.
Eliezer Francisco da Silva, nasceu no dia 24 de janeiro de 1950, em Taipú/RN. Filho de Maurino Cassemiro da Silva e de Alice Bezerra. Vindo morar em São Gonçalo do Amarante com dois anos de idade. Seu Eliezer é funcionário há muitos anos da Prefeitura Municipal de São Gonçalo do Amarante/RN.
Atua no Boi Calemba Pintadinho, tendo começado com o Mestre Pedro Guajiru. Já desempenhou vários papéis dentro do Boi Calemba, como: Dama, Galante e agora tocador de triângulo. Viajou o Brasil inteiro defendo a cultura da Terra dos Mártires. Ultimamente esteve em Olímpia/SP, participando do Festival Brasileiro do Folclore.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Nossa escola, nosso lar

No ano de 2006 plantamos algumas árvores em nossa escola, como Pau-Brasil e outros tipos nativos da Mata Atlântica. Hoje, alguns anos depois, percebemos que elas cresceram e embelezam o ambiente.






quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Nosso Patrono na Literatura Cordel




Cordel: Dom Joaquim de Almeida

Dom Joaquim de Almeida,
Merece nossa atenção,
É um ilustre Potiguar,
De grande repercussão,
Mas pouco de sabe dele,
Da sua dedicação.

Por isso que é preciso,
Sua história resgatar,
Pode até correr o risco,
Do tempo então apagar,
Perdendo-se a referência,
É difícil se lembrar.

Dezessete de agosto,        (1868)
Na Cidade Goianinha,      (RN)
Dom Joaquim de Almeida,
A este mundo então vinha,
Alegria pra família,
Orgulho também se tinha.

Foram seus pais queridos,
É necessário citar,
José Antônio de Almeida,
Seu pai era de orgulhar,
Antônia Maria, a mãe,
Pronta pra lhe ajudar.

Antônio Corcino Lopes,
Foi ele que ensinou,
As letras a Joaquim,
Foi com quem ele cursou,
Concluindo seu Primário,
Ao mestre irradiou.

Foi Idalino de Souza,
Que era pároco da cidade,
E Joaquim de Almeida,
Aos treze anos de idade, (1881)
Começava no Latim,
Enchia de felicidade.

Na Barcaça Flor do Norte,
Pra Recife viajou,
E depois foi pra Olinda,
A viagem completou,
Para entrar no seminário,
Desse jeito se passou.
 
Colégio Diocesano,         (1885)
Ele se matriculou,
Na Cidade de Olinda,         (PE)
Foi onde iniciou,
Fez o Curso Secundário,
E muito se dedicou.

E no Curso Humanístico,
Parecia tudo bem,
De repente acometido,
A Beribéri ele tem,
Voltando pra Goianinha,
Para curar-se também.

E depois dele curado,
Viaja pra Fortaleza,
No Seminário Maior,
Mostrando sua destreza,
Sua primeira tonsura,    (1891)
E toda sua beleza.

Recebeu ordens menores,
E o subdiaconato,        (1892)
E bem no ano seguinte,
Recebe o Diaconato,   (1893)
E mais um ano depois,
Depois o Presbiterato,  (1894)

Ordenou-se em Fortaleza,(1894)
Capital do Ceará,
E desde daquele dia,
Você pode acreditar,
Uma vida dedicada,
Para poder ajudar.

A sua primeira missa,  (18/12/1894)
Foi grande celebração,
Goianinha toda em festa,
Foi grande a repercussão,
E Valdivino Nogueira,    (Padre)
Presente a celebração.

Nem bem havia chegado,
Um convite recebeu,
Do Bispo da Paraíba,
Dom Adalto escolheu,
Nomeia ele professor,
Desta forma ocorreu.
 
À falta de professores,
Joaquim então se via,
Ensinando Cantochão,
Francês e Geografia,
Teologia Moral,
Escritura e Liturgia.

Eloquência Sagrada,
Também ele ensinava,
Era entendido em música,
Ao violino dedicava,
Tamanha dedicação,
Em tudo se empenhava.

Um título recebeu,
Por sua dedicação,
De Cônego Honorário,  (1896)
Com grande satisfação,
O trabalho não parava,
Pois era a sua missão.

Diretor Espiritual,        (1897)
A Diocese exigia,
Muito esforço e empenho,
Era sua primazia,
Sempre com o “pé no chão”,
Vivia sem fantasia.

Foi Reitor do Seminário,  (1898)
Com muita disposição,
Entregou-se ao magistério,
Com tamanha devoção,
Bondade e disciplina,
A marca desse cristão.

Governador do Bispado,     (1904)
Viajou pelo sertão,
Paraíba e RN,
Imensa circunscrição,
Visitava, ele, em loco,
Cheinho de comoção.

Foi sagrado Monsenhor,   (1905)
A sua fama crescia,
Por ser ele dedicado,
Em todo lugar que ia,
Muito bem era acolhido,
De tudo se oferecia.

E bem um ano mais tarde,   (1906)
Nomeado em janeiro,
Pra Bispo do Piauí,
Sagrado em fevereiro,      (04/02)
Em março tomou posse,     (12/03)
A história por inteiro.

Não foi fácil seu trabalho,
Sua missão episcopal,
Passaram-se cinco anos,
De dedicação total,
O destino lhe traria,
Agora para Natal.         

O Rio Grande do Norte,
Havia se desmembrado,
E uma nova Diocese,
Então para o nosso estado,
Deveria ser criada,
Era destino traçado.

Do Rio Grande do Norte,
Sendo bispo nomeado,     (1911)
Saindo de Teresina,
Era difícil o translado,
Deslocou-se ao Maranhão,
Pra no vapor ter chegado.

Quando chegou a Natal,   (11/06)
Foi grande a recepção,
As ruas embandeiradas,
No cais muita comoção,
Era a chegada do bispo,
O Primeiro deste chão.

Foi grande festividade,
Do Cais a Catedral,
O povo vibrava tanto,
Saiu tudo no jornal,
Pois até aquele dia,
Não se viu nada igual.

E da nova Diocese,
Solene Pontifical,
Ele então tomou posse,   (15/06)
Na Cidade do Natal,
Era o primeiro bispo,
Foi algo fenomenal.

E passados quatro anos,
De seu sólio episcopal
Resolveu resignar,
O bispado em Natal,
Devido a uma doença,
A congestão cerebral.

Bispo titular de Lari,
A nova denominação,
Diocese imaginária,
A nova titulação,
Foi pro Rio de Janeiro,
Pois queria ficar são.

Assim que ele melhorou,
Começou logo a pregar,
No sertão de Alagoas,
Não parava o caminhar,
Pernambuco e Paraíba,
A pregar e batizar.

Bom Conselho, Pernambuco,
Ele se refugiou,             (1935)
Ficou lá por nove anos,
E esse tempo passou,
Barbas longas e brancas,
Sabedoria aprimorou.

Se aproximava uma data,
Para ele especial,
Neste ano completaria,     (1944)
As bodas sacerdotal,
Meu amigo! Era a de ouro!
Era alegria geral.

Assim sendo, minha gente,
De Bom Conselho partiu,(Dez/1944)
Direto pra Macaíba,   (RN)
Quem ficou ali sentiu,
Pois ele não voltaria,
Algo assim se pressentiu.

Mas o seu destino era,
Na verdade Goianinha,
Queria ele celebrar,
Por isso que ele vinha,
Missa do Cinquentenário,
Na que antes capelinha.

Usou os mesmos paramentos,
Ele mesmo fez questão,
Da sua primeira missa,
Exato, com precisão,
De cinqüenta anos atrás,
Diante da multidão.

Voltando pra Macaíba,
Ali ainda resistiu,
Hemeplegia e cegueira,
Males que o perseguiu,
Por parte da sua vida,
Até o dia que partiu.

No dia trinta de março,        (1947)
Dom Joaquim faleceu,
Na Rua Maurício Freire,     (Nº 115)
Onde ultimamente viveu,
Ligeiro se espalhou,
A todos entristeceu.

Aos nove de fevereiro,         (1951)
Ele então foi exumado,
Colocado numa urna,
E depois foi transportado,
Levado pra capelinha,   
Onde tanto tinha orado.

E no dia três de março,      (1951)
Foi levado pra Natal,
Muita gente acompanhou,
Aquela urna funeral,
Com destino já traçado:
para nossa Catedral.